Você
acabou de entra numa livraria tropeçou numa estante com livros de
autoajuda. Você não entrou lá por causa disso e talvez até tenha
sérias restrições contra este gênero de literatura. Agora você
está aqui, lendo um artigo de “desenvolvimento pessoal” e pode
estar achando que se trata de um nome diferente para a mesma coisa.
E, de certa forma, você tem razão. Muita coisa sobre
desenvolvimento pessoal é autoajuda disfarçada. Porém há algumas
diferenças importantes:
1)
“Desenvolvimento pessoal” não procura curar você de nada. Nem
de problemas psicológicos. Ela parte do pressuposto de que você é
um sujeito saudável e quer melhorar algum aspecto importante de sua
vida. Pode até ser que isso tenha algum reflexo em outras áreas de
sua vida, por exemplo fazendo você sair de uma depressão, mas
digamos que isto é apenas um bom efeito colateral.
2) Não
promete milagres. Ou libertar o gênio da lâmpada. Um revelar um
segredo mantido a sete chaves, que só poucos tiveram acesso. Ou que
quer que seja que opere mudanças da noite para o dia. Os bons
autores de livros, artigos, palestras e cursos de desenvolvimento
pessoal enfatizam o “otimismo realista”, ou seja, escolher um
objetivo, avaliar realisticamente seu potencial, se preparar para
alcançá-lo e confiar “no seu taco” independente da negatividade
vinda de você mesmo ou das pessoas a sua volta. Tentar ganhar na
loteria pensando positivamente nos números que acabou de jogar pode
até dar certo, mas o mais importante é aprender a lidar com o
dinheiro (a chamada “educação financeira”) e alcançar suas
metas em relação a ele de forma mais sólida e sem frustrações
indevidas (mesmo que muita gente pense positivamente em cada um dos
seus números que jogou, poucos serão os ganhadores). Por exemlo, você pode querer dar um upgrade em sua carreira fazendo um curso. Se o curso for pertinente, você realmente se empenhar você aumentará suas chances de melhorar sua posição e seu salário.
3)
Pressupõe seu engajamento no processo. Você realmente quer o que
está sendo proposto? Se quiser será dentro do que estamos propondo.
Se não gostar do método, busque outro. Se não está a fim de se
envolver no processo, nos esqueça.
4)
Desenvolvimento pessoal é também uma forma de ajuda, mas com um
foco diferente: é mais pragmática. Por exemplo, a questão da
autoestima. Uma baixa autoestima atrapalha muito qualquer tentativa
de melhoria pessoal, mas se o treinamento é em “produtividade” é
em produtividade que o treinamento será focado. Ninguém lhe dirá
que agora de posse deste conhecimento X você será todo poderoso e
resolverá todos os problemas de sua vida. Pode ser que em algum
momento a autoestima será abordada, de forma contextualizada no
processo. Na autoajuda convencional, os temas são por demais
abrangentes, por exemplo, “amor”, “riqueza” e vai por aí e
na maioria das vezes são vendidos como panaceia universal.
5)
A busca de desenvolvimento pessoal é constante. Uma vez melhorado um
aspecto, podemos refinar este aspecto ou abordar outro, já que
jamais seremos perfeitos, mas sempre podemos nos melhorar.
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