sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Clássico: Tubarões, Carpas e Golfinhos


Em um dos artigos publicados neste blog, reproduzi um texto clássico: os Tubarões e os Peixes Japoneses , onde a mensagem por trás de tudo é que progredimos mais quando um temos um desafio e este desafio é um jogo de vida ou morte (real ou metafórico).
Contudo embora história seja boa, ela tem um defeito. Algo bastante simples, que pouca gente percebeu: qual é o destino final de todos os peixes?
Serem comidos! Ou pelo tubarão ou pelos japoneses.
E como eles chegaram lá?
Foram pescados com esta finalidade!
Vamos supor que você é um peixe e percebeu esta situação. Qual seria a solução? Cair fora do tanque e fugir para o mar, sem dúvida.
Uma pergunta: estamos atualmente, dentro do tanque ou dentro do oceano?
A recente explosão de protestos no Brasil e no mundo revelam que muitos de nós perceberam que estamos num tanque cheio de tubarões, e alguns disfarçados de peixe.
Não há vislumbre do oceano. Todos que levantaram bandeiras para mostrar onde era o oceano, na realidade eram tubarões que mostravam outros tanques.
Nos anos 80 surgiu outra metáfora que pode muito bem mostrar como os peixes podem lidar com esta situação. É a história do Tubarão, da Carpa e do Golfinho, descrita no livro A Estratégia do Golfinho, de Duddley Lynch e Paul Kordis.
Pode parecer chover no molhado ressuscitar esta história, porém, se você observar, ela vem sendo empregada, parcialmente ou totalmente, em outras teorias de desenvolvimento pessoal e profissional, por exemplo, em A Estratégiado Oceano Azul, onde tubarões carpas e golfinhos foram substituídos por navegantes.
Para quem não conhece, vamos dar uma breve recapitulada:
A metáfora é a seguinte:
  • o mundo conhecido é um tanque (notou a similaridade?)
  •  ele é habitado por três tipos de seres:
Tubarões. O apelido vem sendo usado há muito tempo, para classificar o empresário inescrupuloso e cruel, o “Capitalista Selvagem”. Ele acredita que o mundo está em escassez (não tem peixe para todos) e por isso deve abocanhar o máximo possível. Em relação aos outros tubarões, os vê como concorrentes e deve abocanhar mais do que eles. Só tentará buscar uma aliança se perceber que está lidando com tubarões mais poderosos.
Carpas. Elas também veem o mundo como um lugar de escassez e percebem a presença dos tubarões, porém elas tentam ou ficar longe deles (os peixes do tanque do barco japonês). Na vida real, fogem de assumir responsabilidades, aceitam uma posição subalterna, e por fim vão ao sacrifício. Segundo os autores são os co-dependentes, ora assumindo o papel de vítimas ora de salvadores no triângulo da codependência. Os Tubarões ocupam o vértice de perseguidores.
Golfinhos. Na natureza os golfinhos conseguem enfrentar os tubarões. Trabalham em equipe, forçando-os a fugirem ou matando-os quebrando sua espinha. Na metáfora os golfinhos percebem que estão no tanque e conseguem nadar por todo ele, entra as carpas e os tubarões. Para eles o mundo pode estar em abundância e escassez e estes dois estados dependem das escolhas que fazemos. Podemos ir da escassez para a abundância gerando resultados a partir dos recursos que temos, ainda que escassos. Pode-se ir abundância para escassez se desperdiçarmos recursos ou empregá-los mal. Procuram sempre fazer mais com menos recursos. O objetivo final do golfinho é sair do tanque, no caso do pesqueiro japonês.


Então, você ainda quer ficar no tanque?

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