sábado, 14 de dezembro de 2013

Procrastinação: o vício de deixar para depois



Amanhã eu começo...

Ou na segunda... ou quando eu tiver tempo....

Tudo isso são formas de adiar indefinidamente algo que deve ser feito.

Uma das razões para isso é quando algo mexe com nossa zona de conforto. Adiamos algo que racionalmente desejamos, mas emocionalmente mexe com algo que estamos habituados. O exemplo típico é um regime alimentar. Estamos habituados a comer determinado tipo de alimentos que nos causam prazer e sabemos que nos fazem mal por qualquer motivo. Uma dieta implica em reduzir ou abandonar o consumo destes alimentos. E justo hoje vou a uma festa. Então, amanhã eu começo.

Outra razão é o que deve ser feito nos causa desprazer de alguma forma. E às vezes nem é muito grande. É apenas trabalhoso. Por exemplo arrumar a gaveta de papéis. Então, amanhã eu faço.



E, por fim, algo que desejamos ardentemente mas não nos sentimos capazes de conseguir (só que intimamente sabemos que somos). Por exemplo, passar em um concurso público (no fundo, é uma mistura das outras duas: não queremos abandonar algumas horas do nosso prazer, para fazer uma atividade que nos causa desprazer: estudar). Então, amanhã eu faço.

E vamos adiando nossas decisões.

Isso tem um nome: procrastinar.

Temos que ter consciência de que procrastinar pode ser problemático. Adiar o regime pode no mínimo aumentar ainda mais nosso peso e até nos causar uma doença grave. Não arrumar a gaveta pode nos fazer perder um compromisso ou uma oportunidade porque uma das correspondências foi para dentro da gaveta e ficou lá esquecida. E não se dedicar aos estudos pode redundar em reprovação no concurso público que almejamos tanto.

Então lançamos mão das desculpas!

Eu gosto tanto de costelinha”
Afinal, não é tão importante assim arrumar a gaveta”
Esta matéria é muito difícil. As vagas já estão marcadas, pra que eu vou perder meu tempo?”.

E o que acontece? Sua vida fica na mesma! E com o passar do tempo, as desculpas se transformam em: “eu deveria ter feito...” e “agora é tarde”. E continuamos na mesma, sem atingir nosso objetivos de vida!

Para  vencer a procrastinação, você pode, em primeiro lugar identificar o que é você está deixando para depois. Examine cada uma das suas ações no dia a dia e veja quais são acompanhadas com a sensação de “isso pode ficar pra depois”. Num primeiro momento anote. Depois verifique um a um veja se não tem algo oculto para o adiamento, sobretudo que você vem deixando de lado a muito tempo.

Avalie as consequências futuras do adiamento. Normalmente elas são piores do que fazer o que deve ser feito. Às vezes só esta constatação já mobiliza seus esforços em fazer o que deve ser feito.

Se você nota que tem muita coisa que deve fazer, faça uma lista e estabeleça prioridades. Tome cuidado para não por no fim da lista aquilo que quer evitar. Uma boa dica é por as mais chatas em primeiro lugar.

Se você se perceber procrastinando, comece a fazer o aquilo que está deixando de lado. Por exemplo, se está adiando o estudo de uma matéria para o concurso público particularmente difícil, dedique apenas cinco minutos em estudá-la. Às vezes por a mão na massa o motiva a fazer mais ou dedicar mais tempo a fazer aquilo que vinha adiando.

Às vezes o que o paralisa é o medo de errar. Não tenha medo de perguntar o que e como deve ser feito para alguém que saiba. Ou pesquise. O Google serve pra isso. Se se errar, saiba que é melhor errar por tentar do que errar por não fazer.

Muitas vezes você não faz o que deve fazer porque está fazendo o que não deve ser feito. Talvez você tenha assumido muitos compromissos apenas para agradar os outros. Ou ainda algo que possa ser delegado para outras pessoas. Aprenda a dizer não, a transferir tarefas que não precisam ser necessariamente feitas pro você e a pedir ajuda, quando necessário.

E por fim pense no que pode perder ou deixar de ganhar se não fizer a referida tarefa. No presente, nos próximos mês ou nos próximos anos. Ou no benefício que terá se a fizer agora. Você pode se imaginar no futuro olhando para o passado nas duas situações, tendo feito ou não feito.

E principalmente pare com as desculpas.

Obrigado e parabéns por ter lido até aqui e não ter procrastinado e deixado para amanhã.


imagens obtidas na web, sem indicação de autoria
este artigo contém linsk patrocinados pela Loja Fácil

sábado, 7 de dezembro de 2013

Você continua deixando para amanhã?

Num dos posts recentes comentamos sobre procrastinação, ou o hábito de "deixar pra depois".




Normalmente, este "depois" acaba virando "nunca". Porém, há algo que você deve deixar para amanhã (8/12/2013):

A palestra on line "Como vencer a procrastinação", de Chris Allmeida tem como meta buscar soluções para quem tem problemas com adiamentos indefinidos.

Não adie esta tarefa, pois é só amanhã as 21:00, horário de Brasilia.

Para garantir sua participação, clique aqui.

O Tubby, Luluzinha e Orson Welles



Durante esta semana um aplicativo, de nome Tubby, com a finalidade declarada de classificar mulheres segundo suas habilidades na cama mobilizou as redes sociais, com postagens contra ou a favor, a mídia mainstream e até a Justiça. Curiosamente, a página de promoção do produto oferecia um botão para as mulheres se descadastraram do aplicativo.

O pseudo-aplicativo era inspirado no Lulu, um produto similar onde mulheres classificam homens não necessariamente sobre seu desempenho sexual, mas sobre seu comportamento em geral. Tubby, é o nome do Bolinha das HQs da Luluzinha nos EUA.

O boato circulou e fez com que muitos homens se cadastrassem no app e muitas mulheres se descadastrassem, apesar de para esta ação de descadastramento, a pessoa teria que fornecer ao app direitos ao acesso de informações privadas, como perfil, lista de amigos e e-mail. 




Minha primeira suspeita foi fishing. Um app falso cujo único objetivo era obter e-mails e outras informações de pessoas com determinados perfis. De um lado homens com perfil de Don Juan e de outro, mulheres enraivecidas com esta postura.

Ontem (06/12/13) o site Não Salvo, especializado em humor, confirmou ser o app falso, uma mera brincadeira (em linguagem de internet, trolagem).

Para mim, ainda resta a suspeita de fishing, ou no mínimo uma forma de capturar e-mails para promoção do site. Não gosto de trolagens de modo geral, porém esta nos traz uma lição a ser aprendida, semelhante a transmissão de Guerra dos Mundos, de Orson Welles, nos anos 30. As pessoas tendem a acreditar em qualquer coisa que tenha um mínimo de possibilidade, sem usar seu senso crítico. Basta esta mensagem ser passada por alguém ou por um simples um meio em que confiam, como o rádio, para Orson Welles, ou as redes sociais, para o Tubby.

Para refletir.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Produtividade Ninja: A Tecnica A Hora da Culpa

Seiiti Arata, mostra dois pequenos truques para aumento de produtividade.





Como ele mesmo diz, são técnicas isoladas, que dão algum resultado, mas o interessante é reunir estas técnicas a outras, dentro de um contexto organizado. É isso que o curso Produtividade Ninja se propõe a fazer.

Sobre procrastinação, leia também o artigo Procrastinação: o vício de deixar para depois.












segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Procrastinação; por que deixamos para amanhã?

Procrastinar significa adiar indefinidamente algo que deveríamos estar fazendo. É o famoso "Segunda feira eu começo". Ou então "quando eu tiver tempo". O "quando" e o "se" são os principais inimigos de nossa realizações. Veja o vídeo a seguir  onde Seiiti Arata nos mostra algumas maneira de combater estes dois inimigos de nosso sucesso.




Seiiti Arata trabalha esta e outras questões no curso Produtividade Ninja.

Um bom complemento para este vídeo é o e-book Atingindo Objetivos, que pode ser obtido gratuitamente aqui.

Sobre procrastinação, leia também o artigo Procrastinação: o vício de deixar para depois.



quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Cinco pontos a ponderar sobre desenvolvimento pessoal




Você acabou de entra numa livraria tropeçou numa estante com livros de autoajuda. Você não entrou lá por causa disso e talvez até tenha sérias restrições contra este gênero de literatura. Agora você está aqui, lendo um artigo de “desenvolvimento pessoal” e pode estar achando que se trata de um nome diferente para a mesma coisa. E, de certa forma, você tem razão. Muita coisa sobre desenvolvimento pessoal é autoajuda disfarçada. Porém há algumas diferenças importantes:

1) “Desenvolvimento pessoal” não procura curar você de nada. Nem de problemas psicológicos. Ela parte do pressuposto de que você é um sujeito saudável e quer melhorar algum aspecto importante de sua vida. Pode até ser que isso tenha algum reflexo em outras áreas de sua vida, por exemplo fazendo você sair de uma depressão, mas digamos que isto é apenas um bom efeito colateral.

2) Não promete milagres. Ou libertar o gênio da lâmpada. Um revelar um segredo mantido a sete chaves, que só poucos tiveram acesso. Ou que quer que seja que opere mudanças da noite para o dia. Os bons autores de livros, artigos, palestras e cursos de desenvolvimento pessoal enfatizam o “otimismo realista”, ou seja, escolher um objetivo, avaliar realisticamente seu potencial, se preparar para alcançá-lo e confiar “no seu taco” independente da negatividade vinda de você mesmo ou das pessoas a sua volta. Tentar ganhar na loteria pensando positivamente nos números que acabou de jogar pode até dar certo, mas o mais importante é aprender a lidar com o dinheiro (a chamada “educação financeira”) e alcançar suas metas em relação a ele de forma mais sólida e sem frustrações indevidas (mesmo que muita gente pense positivamente em cada um dos seus números que jogou, poucos serão os ganhadores). Por exemlo, você pode querer dar um upgrade em sua carreira fazendo um curso. Se o curso for pertinente, você realmente se empenhar você aumentará suas chances de melhorar sua posição e seu salário.



3) Pressupõe seu engajamento no processo. Você realmente quer o que está sendo proposto? Se quiser será dentro do que estamos propondo. Se não gostar do método, busque outro. Se não está a fim de se envolver no processo, nos esqueça.

4) Desenvolvimento pessoal é também uma forma de ajuda, mas com um foco diferente: é mais pragmática. Por exemplo, a questão da autoestima. Uma baixa autoestima atrapalha muito qualquer tentativa de melhoria pessoal, mas se o treinamento é em “produtividade” é em produtividade que o treinamento será focado. Ninguém lhe dirá que agora de posse deste conhecimento X você será todo poderoso e resolverá todos os problemas de sua vida. Pode ser que em algum momento a autoestima será abordada, de forma contextualizada no processo. Na autoajuda convencional, os temas são por demais abrangentes, por exemplo, “amor”, “riqueza” e vai por aí e na maioria das vezes são vendidos como panaceia universal.

5) A busca de desenvolvimento pessoal é constante. Uma vez melhorado um aspecto, podemos refinar este aspecto ou abordar outro, já que jamais seremos perfeitos, mas sempre podemos nos melhorar.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Reprogramação Mental – Uma técnica que funciona.


Reprogramação Mental é o uso de afirmações repetidas sistematicamente por meio do “self talking” (falar consigo mesmo) ou por meio de um áudio ou vídeo pré-gravado com estas afirmações.

Os relatos de resultados positivos das pessoas que usaram este tipo de técnica nos animam a perguntar como ela funciona.

Muitos de nós, entretanto, ficam um pouco receosos de experimentar. Este receio vem por causa da da palavra “programação”. Sentimos desconfiança de quem quer que seja que tenta nos programar, mesmo com boas intenções. E não gostamos também de sermos comparados com máquinas. Programo minha TV digital, meu celular, meu despertador. Mas... eu mesmo?

No entanto, este receio é infundado, pois a programação já acontece!

Quer queiramos quer não, nosso cérebro está sendo constantemente bombardeado com programações: educação familiar, regras de conduta imposta pela nossa sociedade, treinamentos, publicidade e até conselhos de amigos.

Por estes exemplos, você já deve ter percebido que, além dela já estar presente no seu dia a dia, a programação funciona, do contrário eu e você não estaríamos conversando agora. Você não saberia ler e eu não saberia escrever, fruto de um programa implantado em nós pela escola primária. Aliás, nem poderíamos falar, já que a linguagem seria um dos primeiros programas inseridos no nosso cérebro.

Outra forma de programação muito comum nos dias de hoje é a publicidade. Vou ilustrar com uma pequena anedota:

Um homem, a caminho de uma convenção de publicidade, pegou táxi. Ao ouvir o endereço, o taxista, percebendo que o passageiro era um publicitário, disse, cheio de orgulho:
Sabe, esta coisa de propaganda não em pega! Eu sou imune a ela, por que eu uso a cabeça.
O publicitário, pensou um pouco e perguntou:
Que pasta de dente você usa?
Ele respondeu:
A pasta X. Mas não a compro por causa da propaganda não. Eu trabalho na rua e ela é a única que me dá proteção o dia inteiro.
Era este exatamente o slogan da marca X.

Como o taxista da anedota, nosso comportamento é moldado de forma imperceptível pelos meios de comunicação, pela sociedade e pelo Estado.

A marca X poderia estar sendo honesta e realmente anunciar um produto que protegia seu usuário por 24 horas, seus pais só queriam seu bem ao proibirem você de ir dormir tarde, e o Estado pode realmente estar preocupado com o bem estar dos cidadãos. Mas quando você era criança, ir cedo para a cama pode ter sido necessário, mas hoje você ter sono todos os dias exatamente às oito horas da noite pode não ser muito útil.

Daí palavra ser “reprogramação”. A proposta seria, por meio de algumas técnicas, remover esta programação por outra, escolhida por você.

Isso funciona? As terapias de um modo geral são, de certa forma, processos de reprogramação mental, onde um comportamento, uma forma de encarar o mundo, um trauma (que poderia ser encarado como uma programação instantânea e radical), são reformulados. Tem uma imagem, atribuída Freud, que ilustra o processo e como se espera que ele funcione:

Imagine que você é um balde cheio de água suja, embaixo de uma torneira, mas preso ao chão. Nesta situação, o único jeito de limpar a água é abrir a torneira e esperar que a água limpa elimine aos poucos a água suja.

Observe que a parte superior do balde está aberta e é essa atitude que se espera do paciente em uma terapia. Ele tem que estar aberto a novas ideias.

Todavia estamos falando aqui de reprogramação mental num formato específico: o self talking ou áudios e vídeos pré gravados.

Será que funciona? Uma bem elaborada reprogramação mental irá funcionar se você estiver disposto a novas ideias e a ter disciplina (ela tem que ser repetida inúmeras vezes, de forma sistemática).

Se você leu até aqui, provavelmente acha que a  reprogramação mental  tem o seu valor, porém pode estar perguntando se ela é prejudicial, talvez se lembrando do conceito de “lavagem cerebral” ou de algum guru picareta.

Se você pesquisar no google vai encontrar milhares de áudios e vídeos disponíveis, alguns de forma gratuita, destinado a ajudá-lo desde superar timidez, melhorar a auto estima até ganhar dinheiro. Alguns foram desenvolvidos por pessoas sérias, com formação terapêutica (psicólogos, psicanalistas, terapeutas), outros por amadores bem intencionados, simples brincadeiras ou até fraudes.

Usá-las indiscriminadamente pode redundar em dois possíveis prejuízos:

  1. Visão irrealista. Você pode achar que só ouvir ou ver o vídeo basta, acreditando que aquilo é mágico. Mesmo que a água suja tenha sido removida, você terá que transformar os pensamentos em ações. Por exemplo, não adianta nada ouvir um áudio que se propõe a eliminar o medo de dirigir, se você não se sentar ao volante e não der a partida, pondo o carro na rua.
  2. Frustração. Produtos mal elaborados ou esperar algo além do que o produto é capaz de realizar, pode fazê-lo se sentir frustrado.

Então, como separar o joio do trigo?

Ao escolher um produto desta natureza, tente fazer como compra qualquer outro que tenha um impacto significativo em sua vida. Por exemplo, como você escolhe um livro? Você pode entrar numa livraria, pegar o volume, ver quem é o autor, olhar a contracapa e as orelhas, ler alguma resenha, e assim por diante.

Um bom produto terá um autor. Se este autor for bem conhecido terá referências sobre ele na internet. Se ele lhe inspirar confiança, examine o produto. Normalmente há descrições sobre ele no próprio site de vendas ou opiniões usuários. Cuidados com descrições muito genéricos com adjetivação bombástica e redundante, sem dizer nada de relevante sobre o produto em si. E, se possível, pergunte diretamente a alguém que conheça o autor ou o produto.

Bons produtos também tem algum meio de contatar o produtor, por meio de e-mail, chat ou uma área de suporte no próprio site da loja ou do produto.

Finalmente, produtos desta natureza devem oferecer garantia e todos estão sujeitos ao código de defesa do consumidor.

Pronto! Você tomou uma decisão e escolheu um produto. Resta agora usá-lo. Todos os que eu conheço vem com "instruções de uso", que devem ser seguidas para que ele tenha o máximo resultado. Se ele não estiver funcionando como deveria, verifique se está seguindo as instruções corretamente ou se não está esperando algo além do que o produto promete.

Ao usar o produto, avalie como ele está agindo sobre você. Se sentir que as coisas não vão tão bem, mesmo fazendo tudo corretamente, pare imediatamente.

Atenção! Produtos deste tipo são auxiliares e são focados em temas bem específicos. Não substituem a ajuda de um profissional (um terapeuta, um psicólogo, psicanalista ou psiquiatra), para casos mais abrangentes. 



Imagem: colhida na web, sem indicação de autoria

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Vencendo a Timidez

Palestra gratuita com psicólogo Cris Allmeida,, neste domingo dia 13/10/2013 às 21:00 (hora de Brasília).

Tímido e Indecisos, você conhece alguém assim?

Para saber mais detalhes, clique aqui

Chris Allmeida, autor de vários livros e produtos de dedicados ao auto desenvolvimento, estará falando sobre o assunto Tímidos e Indecisos, com dados, e dicas importantes para auxiliar pessoas com dos dois problemas (ou ambos...)

Não Perca: é domingo às 21:00

Oportunidade única.





http://www.autodesenvolvimento.vai.la

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Clássico: Tubarões, Carpas e Golfinhos


Em um dos artigos publicados neste blog, reproduzi um texto clássico: os Tubarões e os Peixes Japoneses , onde a mensagem por trás de tudo é que progredimos mais quando um temos um desafio e este desafio é um jogo de vida ou morte (real ou metafórico).
Contudo embora história seja boa, ela tem um defeito. Algo bastante simples, que pouca gente percebeu: qual é o destino final de todos os peixes?
Serem comidos! Ou pelo tubarão ou pelos japoneses.
E como eles chegaram lá?
Foram pescados com esta finalidade!
Vamos supor que você é um peixe e percebeu esta situação. Qual seria a solução? Cair fora do tanque e fugir para o mar, sem dúvida.
Uma pergunta: estamos atualmente, dentro do tanque ou dentro do oceano?
A recente explosão de protestos no Brasil e no mundo revelam que muitos de nós perceberam que estamos num tanque cheio de tubarões, e alguns disfarçados de peixe.
Não há vislumbre do oceano. Todos que levantaram bandeiras para mostrar onde era o oceano, na realidade eram tubarões que mostravam outros tanques.
Nos anos 80 surgiu outra metáfora que pode muito bem mostrar como os peixes podem lidar com esta situação. É a história do Tubarão, da Carpa e do Golfinho, descrita no livro A Estratégia do Golfinho, de Duddley Lynch e Paul Kordis.
Pode parecer chover no molhado ressuscitar esta história, porém, se você observar, ela vem sendo empregada, parcialmente ou totalmente, em outras teorias de desenvolvimento pessoal e profissional, por exemplo, em A Estratégiado Oceano Azul, onde tubarões carpas e golfinhos foram substituídos por navegantes.
Para quem não conhece, vamos dar uma breve recapitulada:
A metáfora é a seguinte:
  • o mundo conhecido é um tanque (notou a similaridade?)
  •  ele é habitado por três tipos de seres:
Tubarões. O apelido vem sendo usado há muito tempo, para classificar o empresário inescrupuloso e cruel, o “Capitalista Selvagem”. Ele acredita que o mundo está em escassez (não tem peixe para todos) e por isso deve abocanhar o máximo possível. Em relação aos outros tubarões, os vê como concorrentes e deve abocanhar mais do que eles. Só tentará buscar uma aliança se perceber que está lidando com tubarões mais poderosos.
Carpas. Elas também veem o mundo como um lugar de escassez e percebem a presença dos tubarões, porém elas tentam ou ficar longe deles (os peixes do tanque do barco japonês). Na vida real, fogem de assumir responsabilidades, aceitam uma posição subalterna, e por fim vão ao sacrifício. Segundo os autores são os co-dependentes, ora assumindo o papel de vítimas ora de salvadores no triângulo da codependência. Os Tubarões ocupam o vértice de perseguidores.
Golfinhos. Na natureza os golfinhos conseguem enfrentar os tubarões. Trabalham em equipe, forçando-os a fugirem ou matando-os quebrando sua espinha. Na metáfora os golfinhos percebem que estão no tanque e conseguem nadar por todo ele, entra as carpas e os tubarões. Para eles o mundo pode estar em abundância e escassez e estes dois estados dependem das escolhas que fazemos. Podemos ir da escassez para a abundância gerando resultados a partir dos recursos que temos, ainda que escassos. Pode-se ir abundância para escassez se desperdiçarmos recursos ou empregá-los mal. Procuram sempre fazer mais com menos recursos. O objetivo final do golfinho é sair do tanque, no caso do pesqueiro japonês.


Então, você ainda quer ficar no tanque?

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tabela das Características do Signos

Signo Polaridade Qualidade Elemento Regente Características
Aries Yang Cardinal Fogo Marte Positivas: iniciativa, coragem, energia
Negativas: impaciência, impulsividade, obstinação
Touro Yin Fixo Terra Vênus Positivas: determinação, estabilidade, devoção (a uma causa, a uma ideologia ou a uma pessoa)
Negativas: resistência a mudanças, teimosia, indolência
Gêmeos Yang Mutável Ar Mercúrio Positivas: versatilidade, percepção da praticidade de uma ideia, líder inspirador
Negativas: ansiedade, impaciência, falta de determinação.
Câncer Yin Cardinal Água Lua Positivas: intuição, sensibilidade, determinação, cuidadoso com o outro
Negativas: magoa-se facilmente, humor instável, falta de objetividade
Leão Yang Fixo Fogo Sol Positivas: determinação, entusiasmo, coragem, generosidade
Negativas: egocentrismo, autoritarismo, arrogância.
Virgem Yin Mutável Terra Mercúrio Características positivas: senso crítico, organização, eficiência, detalhismo, praticidade
Características negativas: criticismo cínico, timidez, preocupação excessiva, radicalismo
Libra Yang Cardinal Ar Vênus Positivas: justiça, idealismo, iniciativa direcionada a causas que julga importantes
Negativas: indecisão, ingenuidade, falta de pés no chão
Escorpião Yin Fixo Água Plutão / Marte Positivas: determinação, capacidade de resistir, racionalidade em momentos difíceis
Negativas: vingança, ciúmes, emoções represadas.
Sagitário Yang Mutável Fogo Júpiter Características positivas: entusiasmo, liderança, coragem
Características negativas: otimismo irrealista, temeridade (arrisca-se demais), irresponsabilidade
Capricórnio Yin Cardinal Terra Saturno Positivas: ambicioso, prático, responsável (sobretudo pelo outro)
Negativas: rígido, inacessível (o seu emocional muitas vezes é invisível), impositivo (tem que ser do meu jeito)
Aquário Yang Fixo Ar Urano / Saturno Positivas: independência, sede de conhecimento, visão, inventividade, inconformismo (às vezes rebeldia)
Negativas: frieza, insensibilidade, falta de pés no chão, rebeldia sem resultado (murro em ponta de faca).
Peixes Yin Mutável Água Netuno / Júpiter Positivas: sensibilidade, compaixão, emotividade, introspeção
Negativas: timidez, falta de praticidade, muito influenciável, ingenuidade, baixa autoestima.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Os Três Sonhadores*



Os Três Sonhadores*

Sonhar no sentido de desejar alguma coisa que ainda não está ao nosso alcance é comum para a maioria de nós. Mas nem todos nós tem a mesma atitude diante dos sonhos. A seguir, conto três histórias sobre sonhadores, baseados em mim mesmo (só para adiantar e ser honesto, não ainda não me identifico com o melhor deles, embora lute para isso) e em pessoas que conheço.

*Qualquer semelhança com os três porquinhos não é mera coincidência.

O Primeiro Sonhador

Não sei quando comecei a sonhar. Não o sonho noturno, nem o simples devaneio, o “sonhar acordado”, embora seja bastante similar a isso. Falo do sonhar com o futuro, sempre melhor e mais interessante que o presente.

Isso até que é bom, pois “quem não sonha não tem futuro”, como eu ouvi e li muitas vezes de pessoas bem intencionadas e de livros de autoajuda. Mas eu acrescentaria “quem sonha também não tem”. Sonhar é bom. Por que sonhar com uma simples viagem ao litoral, se posso sonhar com um cruzeiro no Caribe? Tem razão quem diz “sonhar grande é melhor que sonhar pequeno” e “desejar as estrelas o fará subir as montanhas mais altas”. Isso é verdade. Mas eu não estava disposto a subir as montanhas mais altas. Em certo momento eu desejava apenas as estrelas depois passei a desejar o desejo. Sonhar bastava, mesmo que eu não tivesse feito meu bate e volta para o litoral, dizia a mim mesmo: “E daí? Eu posso sonhar que um dia eu vou ao Caribe”.

Um dia apareceu um gênio e me disse: “vou lhe dar tudo o que deseja”. Esse gênio se chamava Cartão de Crédito. A possibilidade de fazer o que eu desejava imediatamente me fez muitas vezes esfregar a tarja magnética que o liberava. Mas em vez de eu obter a fartura, veio o Monstro da Fatura. Mas ele não era tão mau assim, pois ele me disse:

Você só precisa pagar o mínimo.

Medi o tamanho da parcela e vi que ela cabia no meu bolso.

Tudo bem, se eu não continuasse a esfregar a poderosa tarja magnética que liberava o gênio. Descobri que ele era insaciável. Ele tinha aliados: o Desejo de Consumo, alimentado pela Ofertas Tentadoras, o É Só um Pouquinho por Mês e o famigerado e mentiroso Dez Vezes sem Juros.

Um dia o Gênio não quis me atender, respondendo em voz grave:


Mas e agora? Eu queria apenas pagar a compra do supermercado! Mas aí apareceu uma raposa chamada “Crédito Bancário”, dizendo:

Eu tenho a solução. Um pequeno empréstimo vai lhe salvar.

Pronto, pensei. Posso voltar a sonhar com o Caribe. O sonho durou até eu ter que pagar, além da fatura do cartão, a primeira prestação (até a rima ficou pobre!).

Aí começou um circulo vicioso. Um empréstimo para pagar o outro, outro para pagar o um. Num ciclo em espiral que lembrava o crescimento da divida externa do Brasil.

E aqui estou eu, no meio de um pesadelo, em busca de um outro gênio mágico, capaz de me fazer voltar a sonhar. Me contaram que tem um tal de Agiota.

O Segundo Sonhador

Também gosto de sonhar. Como o colega acabou de relatar, com o “futuro promissor”. E estou a espera dele. Há muitos anos. E vejo, agora, que eu deixei o sonho fugir, acreditando que ele viria até mim se eu mentalizasse com energia suficiente. Era o que disseram para mim uma centenas de gurus, dizendo que havia garantias que a tal da Lei da Atração funcionava. Era um segredo guardado pela Classe Alta e que agora estava disponível para mim, graças a esforços de centenas de pesquisadores.

Confesso que querer obter as coisas apenas com desejo é uma ideia atraente (talvez aí resida a tal da lei da atração). Isso garante o sucesso de Aladim há séculos (se bem que, neste conto, a lição a ser aprendida é que desejo só não basta).

Pois é, depois de tantos seguindo a cenoura da Lei da Atração eu percebi que estava tão iludido quanto uma criança esperando por Papai Noel.

E descobri que o verdadeiro segredo da Classe Alta é realmente que, se você quer estar lá, você tem saber como chegar até lá, que planejar como estar lá, trabalhar para isso e estar disposto a pagar o preço. E descobrir que Papai Noel era apenas seu pai fantasiado e pagando seu presente com o décimo terceiro salário.

O Terceiro Sonhador

Eu gosto de sonhar. Desde criança eu tenho a imaginação fértil. Eu tinha as melhores ideias para as brincadeiras, eu fazia as melhores redações na escola, eu contava as histórias mais assustadoras quando eu e meus irmãos apagávamos a luz e tentávamos assustar uns aos outros com histórias de fantasmas.

Um dia decidi: Vou por esta imaginação pra trabalhar para mim. A criatividade que eu tinha devia me ser útil de alguma forma. Talvez eu me tornasse escritor ou quem sabe fosse trabalhar no cinema. Mas criatividade não é só útil nas artes. Podia ser um arquiteto, ser um engenheiro e desenvolver um bom produto, ser um homem de negócios com ideias inovadoras.

Percebi que podia escolher um alvo, esticar o arco e atirar. Eu o atingiria se o mantivesse focado. E o céu seria o limite se estivesse disposto a trabalhar para isso.

O que você achou destas histórias? Conhece alguém assim? Se identificou com algum?

Todos nós somos uma mistura dos três. Recentemente, num curso que fiz (Produtividade Ninja), aprendi um conceito importante: Otimismo Realista. Esta foi a lição que o Segundo Sonhador aprendeu e que o Terceiro tinha como princípio. Otimismo Realista é ter um objetivo concreto e viável e buscar atingi-lo, reunindo recursos para isso e evitando ao máximo a negatividade.

Tomemos o exemplo do sonho de ir ao Caribe do Primeiro Sonhador. Será que se ele não reequacionasse suas despesas ele não poderia ter uma viagem melhor do que um bate volta no Litoral? Talvez não desse para ele ir ao Caribe, mas se ele em vez de descer para o litoral todos os finais de semana, poderia economizar durante um tempo e fazer uma viagem mais longa para um lugar melhor.

Então, escolha seu objetivo, seja otimista (ou seja, acredite na possibilidade) e seja realista (trace seu planos e comece a trabalhar).

Este post contém palavras que apontam para links afilados:

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Clássico: Ponha um tubarão no seu tanque e veja quão longe você realmente pode chegar




Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas.

Assim, para alimentar a sua população, os japoneses decidiram aumentar o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar. Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. E os japoneses não gostaram do gosto destes peixes.

Para resolver este problema, as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais tempo. Os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado.

Então, as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, como "sardinhas". Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam vivos, porém cansados e abatidos.

Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os consumidores japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático.

Como os japoneses resolveram este problema? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor? Se você estivesse dando consultoria para a empresa de pesca, o que você recomendaria?

Antes da resposta, leia o que vem abaixo:

Quando as pessoas atingem seus objetivos - tais como: Quando começam com sucesso numa empresa nova, quando pagam todas as suas dívidas, ou o que quer que seja, elas podem perder as suas paixões. Elas podem começar a pensar que não precisam mais trabalhar tanto, então, relaxam. Elas passam pelo mesmo problema dos ganhadores de loteria, que gastam todo seu dinheiro, o mesmo problema de herdeiros, que nunca crescem, e de donas-de-casa, deprimidas, que ficam dependentes de remédios de tarja preta.

Para esses problemas, inclusive no caso dos peixes dos japoneses, a solução é bem simples. L. Ron Hubbard observou, no começo dos anos 50: "O homem progride, estranhamente, somente perante a um ambiente desafiador". Quanto mais inteligente, persistente e competitivo você é, mais você gosta de um bom problema. Se seus desafios estão de um tamanho correto e você consegue, passo a passo, conquistar esses desafios, você fica muito feliz. Você pensa em seus desafios e se sente com mais energia. Você fica excitado e com vontade de tentar novas soluções. Você se diverte. Você fica vivo!

Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques, nos seus barcos. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes,mas a maioria dos peixes chega "muito vivo". E fresco no desembarque. Tudo porque os peixes são desafiados, lá nos tanques.

Portanto, como norma de vida, ao invés de evitar desafios, pule dentro deles. Massacre-os. Curta o jogo. Se seus desafios são muito grandes, não desista, se reorganize! Busque mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda. Se você alcançou seus objetivos, coloque objetivos maiores. Uma vez que suas necessidades pessoais ou familiares forem atingidas, vá ao encontro dos objetivos do seu grupo, da sociedade e, até mesmo, da humanidade.

Crie seu sucesso pessoal e não se acomode nele. Você tem recursos, habilidades e destrezas para fazer a diferença.

"Ponha um tubarão no seu tanque e veja quão longe você realmente pode chegar".

Texto de autoria desconhecida, colhido na internet

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A autoajuda realmente ajuda?



Muita gente torce o nariz para o nome autoajuda e tem urticária só de pensar no assunto. Estes pessoas tem suas próprias razões e não estou procurando convencê-las de que elas são inválidas. No meu ponto de vista de leigo bem informado, algumas dessas razões são:

1) Muitos pensam que autoajuda é picaretagem.

  • Muito do que é chamado de autoajuda é mesmo. É apenas autoajuda do autor. Enrola o leitor (ou participante de seminário) sem dizer nada de relevante e põe títulos mirabolantes, ou no caso de cursos, performances teatralizadas em excesso, que chamam atenção, mas não cumprem o que prometem.


Mas será que há uma autoajuda que seja sincera? Sim, alguns autores acreditam mesmo naquilo que falam e acham que o que escrevem vai ajudar as pessoas.

Talvez, você me dirá. Mas a boa fé dos autores não garante a validade dos princípios. E aí vai o seguinte argumento.

2) Muitos pensam que mesmo a autoajuda sincera não funciona realmente.

  • Muito bem. Muitas coisas escritas sobre o assunto são algo que funcionou para a própria pessoa que escreveu e ela acha que serve para todas e conta a sua história de como chegou lá. Talvez não funcione realmente para muita gente ou para mais ninguém além dela mesma. Mas há uma coisa que ajuda fazer o sucesso da autoajuda e também de sua má fama: a maioria das pessoas que compra livros de autoajuda não vai além da leitura do livro. Se quem lê um livro não põe em prática o que leu, certamente não vai funcionar. É o mesmo que ler um livro de matemática e esperar aprender alguma coisa sem se deter nos conceitos e fazer os exercícios propostos.

No caso dos cursos, as pessoas pulam de um curso para outro e para outro, ou escolhem um guru para louvar e na hora de por em prática, nada.
Estas pessoas estão realmente à espera de um milagre. E aqui vai o próximo argumento contrário:

3) Algumas pessoas afirmam que autoajuda cria ilusões.

  • Muita autoajuda faz realmente isso mesmo: cria ilusões. “Mentalize o que quer e isso irá cair do céu”. E você leu o livro ou fez o curso, seguiu as instruções e começou a mentalizar. Fez isso durante um bom tempo e a única coisa que conseguiu foi uma dor de cabeça (real ou metafórica) e vem a frustração. Tem toda a razão de reclamar. Livros e cursos desta natureza dão só dão o primeiro passo. Criam motivação (a clássica imagem cenoura na frente) e só ficam nisso.


O antídoto? Otimismo realista. Ou seja, após uma avaliação cuidadosa da realidade eu vejo o que deve ser feito, examino os meus recursos e faço alguma ação no sentido de ir ao encontro do que desejo.

Mas os argumentos contrários não param aí:

4) Críticas apontam que livros e cursos de autoajuda sempre dizem a mesma coisa.

  • A maioria diz mesmo e será difícil alguém abordar um assunto novo. Isso ocorre porque a maioria dos problemas humanos são sempre os mesmos. Sempre vão existir pessoas tímidas, pessoas com baixa autoestima, pessoas em busca do sucesso, pessoas que querem ganhar dinheiro, etc..

Então que muda? A forma de abordar e a qualidade das ações propostas. Eas críticas continuam:

5) Autoajuda mantém o status quo.

  • Sim e não. Por exemplo, a busca do sucesso. Muitos livros e cursos mostram o caminho do sucesso dentro da estrutura social que estamos inseridos. Por exemplo, dicas para ascensão numa carreira empresarial vão levar em conta a estrutura da maioria das empresas e ensinar um conjunto de regras dentro deste universo. Por exemplo, um livro sobre como arranjar emprego dirá: “a maioria dos entrevistadores prefere candidatos sem barba e aconselhamos a ir de rosto liso”ou “a maioria dos entrevistadores prefere mulheres que se vestem de maneira clássica”. 
Quer dizer que para me empregar teria que cortar minha vasta barba? Ou abandonar minha calça jeans? Não estarei dando vazão a preconceitos? Vestir um tailleur ou cortar a barba só para um entrevista não é hipocrisia? Aqui tudo vai depender do que é mais importante: seu estilo ou o emprego. E estas são as regras do jogo (status quo, ou a “Matrix da Classe Média”). Segui-las ou não é com você. Mas o livro ou curso pode mostrar quais são.

Do mesmo jeito algum curso ou livro sobre carreira política. Ela estará centrada no sistema político vigente, onde a imagem do candidato e sua postura frente ao público é muito importante.

Mas há o que pode ser considerado autoajuda para o outro lado. Por exemplo, um manual com técnicas de negociação para sindicalistas ou mais radical ainda, um livro que põe em quadrinhos o Capital de Karl Marx, para ser melhor compreendido pelos trabalhadores ou pelas novas gerações.

E ainda quem está em busca de, por exemplo, superar a timidez, pode estar fazendo isto porque quer fazer um discurso arrasador num palanque de um movimento político.

E por fim, a última crítica que eu detetei:

6) A autoajuda pode afastar um pessoa de uma verdadeira ajuda profissional

  • Na minha opinião, quando a pessoa esta presa num problema e não consegue resolvê-lo ela precisa de uma ajuda de fora para dentro que, de alguma forma, a faça ver de um outro ângulo a questão. Esta ajuda pode vir de um psicologo, de um psicanalista, de um psiquiatra, de um amigo, de um sacerdote ou de um livro ou curso de autoajuda. É claro que o melhor é procurar um bom profissional e alguns planos e seguros de saúde cobrem este tipo assistência.

Tem alguns motivos pelos quais, na minha opinião, algumas pessoas procuram um curso ou livro de autoajuda em vez de um profissional:

a) Preconceito

  • Quem procura psicólogos, terapeutas ou psiquiatras é louco”, por exemplo. Talvez a melhor autoajuda que estas pessoas precisam é um livro sobre “como eliminar preconceitos contra profissionais de saúde mental”.

b) Medo de se expor

  • Um profissional de saúde mental é visto como uma pessoa invasiva, com o poder de penetrar na sua vida. Num curso ou livro pode-se tratar do problema sem que haja interação com alguém com quem tenho de dividir meus segredos pessoais.

c) Falta de recursos

  • A pessoa talvez não possa pagar um profissional e um curso ou livro esteja ao alcance do seu bolso. Ou talvez viva numa região onde existam poucos (ou nenhum) psicólogos, terapeutas, psicanalistas ou psiquiatras.


d) Descrença

  • A pessoa não acredita que o processo terapêutico, seja ele qual for, tenha resultado no seu caso e decide resolver as coisas “do seu modo”. É o mesmo que uma pessoa que não acredite em remédios alopáticos procurar remédios caseiros.

e) O terapeuta indicou.

  • Alguns livros de autoajuda tem de maneira bem estruturada alguma forma de tratamento que pode ser vista pelo profissional como complementar. Normalmente uma sessão de terapia dura de meia hora a uma hora e meia, uma ou duas vezes por semana e este tempo pode ser insuficiente para maturar algum conceito. O livro serve para ser lido em paralelo ao tratamento.

f) O problema é bem específico
  • Por exemplo, timidez. Sou tímido e gostaria de melhorar isso. A timidez não me paralisa, mas às vezes sinto-me desconfortável. Eu não tenho restrições contra as terapias, mas acho que não é caso para tanto.

Vale aqui a advertência: “se persistirem os sintomas, procure ajuda de um especialista”.

Conclusão

Apesar de haver uma grande quantidade de cursos e livros de autoajuda é preciso bastante cuidado para escolher um, separando o trigo do joio (minha experiência pessoal indica que tem mais joio do que trigo).