sábado, 14 de dezembro de 2013

Procrastinação: o vício de deixar para depois



Amanhã eu começo...

Ou na segunda... ou quando eu tiver tempo....

Tudo isso são formas de adiar indefinidamente algo que deve ser feito.

Uma das razões para isso é quando algo mexe com nossa zona de conforto. Adiamos algo que racionalmente desejamos, mas emocionalmente mexe com algo que estamos habituados. O exemplo típico é um regime alimentar. Estamos habituados a comer determinado tipo de alimentos que nos causam prazer e sabemos que nos fazem mal por qualquer motivo. Uma dieta implica em reduzir ou abandonar o consumo destes alimentos. E justo hoje vou a uma festa. Então, amanhã eu começo.

Outra razão é o que deve ser feito nos causa desprazer de alguma forma. E às vezes nem é muito grande. É apenas trabalhoso. Por exemplo arrumar a gaveta de papéis. Então, amanhã eu faço.



E, por fim, algo que desejamos ardentemente mas não nos sentimos capazes de conseguir (só que intimamente sabemos que somos). Por exemplo, passar em um concurso público (no fundo, é uma mistura das outras duas: não queremos abandonar algumas horas do nosso prazer, para fazer uma atividade que nos causa desprazer: estudar). Então, amanhã eu faço.

E vamos adiando nossas decisões.

Isso tem um nome: procrastinar.

Temos que ter consciência de que procrastinar pode ser problemático. Adiar o regime pode no mínimo aumentar ainda mais nosso peso e até nos causar uma doença grave. Não arrumar a gaveta pode nos fazer perder um compromisso ou uma oportunidade porque uma das correspondências foi para dentro da gaveta e ficou lá esquecida. E não se dedicar aos estudos pode redundar em reprovação no concurso público que almejamos tanto.

Então lançamos mão das desculpas!

Eu gosto tanto de costelinha”
Afinal, não é tão importante assim arrumar a gaveta”
Esta matéria é muito difícil. As vagas já estão marcadas, pra que eu vou perder meu tempo?”.

E o que acontece? Sua vida fica na mesma! E com o passar do tempo, as desculpas se transformam em: “eu deveria ter feito...” e “agora é tarde”. E continuamos na mesma, sem atingir nosso objetivos de vida!

Para  vencer a procrastinação, você pode, em primeiro lugar identificar o que é você está deixando para depois. Examine cada uma das suas ações no dia a dia e veja quais são acompanhadas com a sensação de “isso pode ficar pra depois”. Num primeiro momento anote. Depois verifique um a um veja se não tem algo oculto para o adiamento, sobretudo que você vem deixando de lado a muito tempo.

Avalie as consequências futuras do adiamento. Normalmente elas são piores do que fazer o que deve ser feito. Às vezes só esta constatação já mobiliza seus esforços em fazer o que deve ser feito.

Se você nota que tem muita coisa que deve fazer, faça uma lista e estabeleça prioridades. Tome cuidado para não por no fim da lista aquilo que quer evitar. Uma boa dica é por as mais chatas em primeiro lugar.

Se você se perceber procrastinando, comece a fazer o aquilo que está deixando de lado. Por exemplo, se está adiando o estudo de uma matéria para o concurso público particularmente difícil, dedique apenas cinco minutos em estudá-la. Às vezes por a mão na massa o motiva a fazer mais ou dedicar mais tempo a fazer aquilo que vinha adiando.

Às vezes o que o paralisa é o medo de errar. Não tenha medo de perguntar o que e como deve ser feito para alguém que saiba. Ou pesquise. O Google serve pra isso. Se se errar, saiba que é melhor errar por tentar do que errar por não fazer.

Muitas vezes você não faz o que deve fazer porque está fazendo o que não deve ser feito. Talvez você tenha assumido muitos compromissos apenas para agradar os outros. Ou ainda algo que possa ser delegado para outras pessoas. Aprenda a dizer não, a transferir tarefas que não precisam ser necessariamente feitas pro você e a pedir ajuda, quando necessário.

E por fim pense no que pode perder ou deixar de ganhar se não fizer a referida tarefa. No presente, nos próximos mês ou nos próximos anos. Ou no benefício que terá se a fizer agora. Você pode se imaginar no futuro olhando para o passado nas duas situações, tendo feito ou não feito.

E principalmente pare com as desculpas.

Obrigado e parabéns por ter lido até aqui e não ter procrastinado e deixado para amanhã.


imagens obtidas na web, sem indicação de autoria
este artigo contém linsk patrocinados pela Loja Fácil

sábado, 7 de dezembro de 2013

Você continua deixando para amanhã?

Num dos posts recentes comentamos sobre procrastinação, ou o hábito de "deixar pra depois".




Normalmente, este "depois" acaba virando "nunca". Porém, há algo que você deve deixar para amanhã (8/12/2013):

A palestra on line "Como vencer a procrastinação", de Chris Allmeida tem como meta buscar soluções para quem tem problemas com adiamentos indefinidos.

Não adie esta tarefa, pois é só amanhã as 21:00, horário de Brasilia.

Para garantir sua participação, clique aqui.

O Tubby, Luluzinha e Orson Welles



Durante esta semana um aplicativo, de nome Tubby, com a finalidade declarada de classificar mulheres segundo suas habilidades na cama mobilizou as redes sociais, com postagens contra ou a favor, a mídia mainstream e até a Justiça. Curiosamente, a página de promoção do produto oferecia um botão para as mulheres se descadastraram do aplicativo.

O pseudo-aplicativo era inspirado no Lulu, um produto similar onde mulheres classificam homens não necessariamente sobre seu desempenho sexual, mas sobre seu comportamento em geral. Tubby, é o nome do Bolinha das HQs da Luluzinha nos EUA.

O boato circulou e fez com que muitos homens se cadastrassem no app e muitas mulheres se descadastrassem, apesar de para esta ação de descadastramento, a pessoa teria que fornecer ao app direitos ao acesso de informações privadas, como perfil, lista de amigos e e-mail. 




Minha primeira suspeita foi fishing. Um app falso cujo único objetivo era obter e-mails e outras informações de pessoas com determinados perfis. De um lado homens com perfil de Don Juan e de outro, mulheres enraivecidas com esta postura.

Ontem (06/12/13) o site Não Salvo, especializado em humor, confirmou ser o app falso, uma mera brincadeira (em linguagem de internet, trolagem).

Para mim, ainda resta a suspeita de fishing, ou no mínimo uma forma de capturar e-mails para promoção do site. Não gosto de trolagens de modo geral, porém esta nos traz uma lição a ser aprendida, semelhante a transmissão de Guerra dos Mundos, de Orson Welles, nos anos 30. As pessoas tendem a acreditar em qualquer coisa que tenha um mínimo de possibilidade, sem usar seu senso crítico. Basta esta mensagem ser passada por alguém ou por um simples um meio em que confiam, como o rádio, para Orson Welles, ou as redes sociais, para o Tubby.

Para refletir.