sábado, 7 de dezembro de 2013

O Tubby, Luluzinha e Orson Welles



Durante esta semana um aplicativo, de nome Tubby, com a finalidade declarada de classificar mulheres segundo suas habilidades na cama mobilizou as redes sociais, com postagens contra ou a favor, a mídia mainstream e até a Justiça. Curiosamente, a página de promoção do produto oferecia um botão para as mulheres se descadastraram do aplicativo.

O pseudo-aplicativo era inspirado no Lulu, um produto similar onde mulheres classificam homens não necessariamente sobre seu desempenho sexual, mas sobre seu comportamento em geral. Tubby, é o nome do Bolinha das HQs da Luluzinha nos EUA.

O boato circulou e fez com que muitos homens se cadastrassem no app e muitas mulheres se descadastrassem, apesar de para esta ação de descadastramento, a pessoa teria que fornecer ao app direitos ao acesso de informações privadas, como perfil, lista de amigos e e-mail. 




Minha primeira suspeita foi fishing. Um app falso cujo único objetivo era obter e-mails e outras informações de pessoas com determinados perfis. De um lado homens com perfil de Don Juan e de outro, mulheres enraivecidas com esta postura.

Ontem (06/12/13) o site Não Salvo, especializado em humor, confirmou ser o app falso, uma mera brincadeira (em linguagem de internet, trolagem).

Para mim, ainda resta a suspeita de fishing, ou no mínimo uma forma de capturar e-mails para promoção do site. Não gosto de trolagens de modo geral, porém esta nos traz uma lição a ser aprendida, semelhante a transmissão de Guerra dos Mundos, de Orson Welles, nos anos 30. As pessoas tendem a acreditar em qualquer coisa que tenha um mínimo de possibilidade, sem usar seu senso crítico. Basta esta mensagem ser passada por alguém ou por um simples um meio em que confiam, como o rádio, para Orson Welles, ou as redes sociais, para o Tubby.

Para refletir.

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